23 de março de 2014

please yourself

Não queria entrar em dramatismos, exageros ou muito menos parecer fútil ou superficial. Mas dei por mim a pensar que se houve algo que nos últimos tempos me ajudado, levantado os ânimos, feito sentir melhor, descobrir mais de mim, gostar mais de mim, tem sido, precisamente, o tratar de mim. Tenho vivido tempos mais centrados em mim e uma das coisas que descobri como um gosto, prazer, hobby o que queiram, é toda uma rotina de beleza. Gosto de ler, ver vídeos, descobrir marcas (nem que seja apenas reviews de marcas que não posso comprar), descobrir experts da área, descobrir novos produtos e funcionalidades. Comecei a tratar mais da minha pele. E a descobrir maquilhagem mais específica. A brincar com pincéis (que antes nem sequer tinha). A descobrir sombras, sobreposições, esfumados. A testar blushes (quando antes nem sequer tinha). A pensar adquirir iluminadores e bronzers. A testar em mim e em outras pessoas. Mas essencialmente em mim. Foi uma nova faceta que entrou mais a sério na minha rotina. Sempre gostei de tudo o que estivesse relacionado com estética. Agora sei mais umas coisinhas. E gosto de saber cada vez mais, procurar mais e partilhar com outras pessoas. Sei que não é o esperado de mim, interessar-me agora pelo meio da cosmética, maquilhagem, estética. Vir a trabalhar com algo relacionado com a área é algo que, por vezes, passa no meu pensamento. Não o digo em voz alta e nem sei se até me custou um bocadinho a escrevê-lo. Sei que há pressões de fora para aquilo que devemos ou não ser, aquilo por que nos devemos ou não interessar. E isso, por vezes, pesa-me, consome-me, arrelia-me. Sei que aos olhos dos outros a minha possível excitação e horas passadas a ver vídeos ou reviews de certos produtos de maquilhagem pode parecer uma inutilidade aos olhos de muita gente. Mas também sei que me faz bem. Sei que me sinto melhor agora. Sei que nos dias em que andei mais em baixo, sem vontade, a meia força, com muitas questões, eram os 10 minutos de manhã que tirava para mim que me faziam acreditar que, de certa forma, eu podia lutar contra o mundo. Cuidar de mim, salvou-me de certa forma. E com isso tenho vindo a aprender, também, a desligar as opiniões que vêm de fora. Em primeiro lugar estamos nós. Estou eu.

 

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