18 de março de 2014

a minha visão mais cruel (e resumida) sobre a maternidade

Os bebés, em geral, são uma seca. E dão muito trabalho. E despesa. E nós ficamos aparvalhados (é só ver a maneira como falamos com eles, que nem sequer percebem o que estamos a dizer) e obcecados (é só ver o assunto de conversa de quem os tem). Depois têm uma fase engraçada, da descoberta de tudo o que os rodeia e aprendizagem dos comportamentos mais básicos. Depois fazem aí os seus 12 anos e começam a entrar na adolescência e a ser super influenciáveis por tudo e por todos. Nessa fase o terror deve-se instalar e devemos ter vontade de os mandar para o sítio de onde vieram ou para um colégio interno até já serem adultos. Quando estão na fase dos vinte, já os pais estão a ficar mais para os velhotes e querem uma nova fase na sua própria vida. E começam a ver nos pobres dos filhos os amigos que não mantiveram ao longo dos anos, por estarem obcecados, aparvalhados, preocupados com os dramas dos seus rebentos, com menos dinheiro por tudo o que sacrificaram pelos seus rebentos. E aí, a coisa continua a dar para o torto. Porque os filhos, agora com 20 e tal, já não querem saber de seus progenitores. Não os levem a mal, eles não se estão a marimbar para os seus pais. Eles têm é outros amigos. Os seus próprios amigos. Nos dias em que me dá para pensar mais a fundo (e mais sarcasticamente confesso) sobre o assunto ter filhos isto é um bocadinho do que me passa pela cabeça. Se eu também acho que deve ser uma experiência fantástica e inigualável e que até acredito que possa ser recompensadora? Acho sim. E "ah, falas porque não tens filhos". Pois falo. Do que observo. Como todos falamos de muitas coisas que apenas observamos. Esta é mais uma delas. E já que tanta gente fala no tema filhos, até como dado adquirido de que se vai ter filhos, então é justo que eu possa dar a minha opinião, mesmo não os tendo. E, hoje, é melhor nem entrarmos por aí. Pela parte da pressão social para qualquer ser com uma vagey-gey se por a procriar que nem uma coelha. Hoje é mesmo melhor não entrarmos por aí. 

2 comentários:

  1. Estás a generalizar, claro. Há sempre excepções. Não sou mãe, mas tenho contacto próximo com alguém de quem é mãe de 5 filhos mas bom, também não é um bom exemplo porque é mãe a tempo inteiro mas, mesmo assim, conversa com as pessoas e dá-se bem comigo. É querida! Conheço outros pais que sabem manter os amigos mesmo tendo os filhos e assim é que tem de ser porque, lá está, um dia os filhos saem de casa e os pais ficam sozinhos. Mas a vida é assim.

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    1. Claro que sim. Esta foi a minha visão mais negra de todas. Reconheço que há quem o consigo conciliar muito bem e admiro esses casais =)

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